E s t a c a s

A produção de estacas para macropropagação de espécies vegetais é efectuada frequentemente no exterior, quase a céu aberto, por mão de obra não especializada. Atendendo a estas condições de base, no âmbito deste projecto serão definidas as características do protótipo a construir e realizados ensaios para optimização do processo de corte, cujos resultados serão também tidos em conta na concepção do protótipo.

Está ainda no âmbito deste projecto o desenho e a construção do referido protótipo e respectivos ensaios de funcionamento.

0 protótipo será formado por um conjunto de subsistemas dos quais se podem destacar: o laser, o sistema de refrigeração, o sistema de entrega de feixe, o sistema de transporte de estacas, o sistema de exaustão de fumos e ainda toda a estrutura mecânica de suporte, o sistema geral de comando da máquina e as seguranças necessárias ao funcionamento da mesma.


DESCRIÇÃO DO PROJECTO
Enquadramento

Para obtenção de matéria prima necessária a sua laboração, as indústrias de celulose necessitam de dispor de grandes plantações de arvores, geralmente eucaliptos, e de as renovar constantemente.

Na prática actual uma equipa recolhe das árvores plantadas, ramos que são transportados para bancadas onde diversas grupos de 3 pessoas dividem esses ramos em troços mais pequenos, seccionando com uma tesoura as partes não aproveitáveis. Assim obtém-se uma pequena estaca que é embebida em hormona e fungicida e enterrada em pequenas "cuvetes" cheias de uma mistura de turfa e esferovite granulado previamente preparadas noutro local. Conjuntos de 77 destas cuvetes compõem uma caixa que é em seguida colocada em estufa. Durante todo este processo as plantas têm de ser continuamente borrifadas, pelo que o ambiente é bastante húmido.

Esta descrição sumária corresponde ao modo como se processa a produção de estacas na Estação Florestal da Soporcel, que é um dos parceiros neste Projecto.

0 local de produção situa-se assim em pleno campo, embora parte da área onde as pessoas cortam as plantas esteja cimentada e coberta com rede entrelaçada impermeabilizada de modo a criar sombra e poder trabalhar-se abrigado do sol e chuva, se ocorrer.

A inovação que se pretende introduzir consiste em substituir o último corte a tesoura na base da planta, aquela que ficará enterrada e onde se espera que nasçam raízes, por um corte a laser.

Objectivo

No âmbito deste projecto pretende-se conceber desenhar e construir o protótipo de uma máquina de corte por laser, apta a fazer o corte para macropropagação de estacas de eucalipto. Este corte não pretende substituir o trabalho das funcionárias, mas complementá-lo, pois será realizado somente na extremidade da estaca a enterrar.

Serão ainda realizados, no âmbito deste projecto, ensaios de campo em larga escala, tendo em vista à determinação das condições de seccionamento mais favoráveis ao enraizamento das estacas.

0 equipamento a desenvolver estará apto a trabalhar dentro de um abrigo rudimentar como o indicado acima, em condições de segurança quer para a máquina, quer para os operadores.

Este protótipo será constituído por um laser com o respectivo sistema de refrigeração, um sistema de entrega de feixe com meios de exaustão de fumos e um sistema mecânico para transporte das plantas. Será ainda desenvolvida toda a electrónica de comando, a estrutura mecânica de suporte dos componentes e os sistemas de protecção de pessoas e equipamento.

Com o objectivo de estudar a viabilidade deste projecto levaram-se a cabo no INETI alguns testes iniciais com os dois tipos de laser de maior utilização industrial. Verificou-se ser possível o corte das estacas com as espessuras habituais (até 6-7 mm), com um laser de CO2 de 150 W de potência.

Fizeram-se também alguns ensaios com o laser de Nd-YAG, que não foram bem sucedidos devido ao reduzido coeficiente de absorção que a água apresenta relativamente ao comprimento de onda desse laser.

Após a realização dos testes de corte, as estacas foram envasadas pelo processo habitual e verificou-se que a taxa de enraizamento nestas estacas foi cerca de 25% a 35% superior à das estacas cortadas pelo processo habitual.

Concluindo, e tomando em conta os resultados dos testes, pode ser dito que o estudo do processo e a construção do protótipo é completamente justificado.


Entidades Participantes:
SOPORCEL - FCUL - MAQUIJIG


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